AS PESPECTIVAS PEDAGOGICAS

Em uma formação a primeira suposição é que os alunos têm um desejo profissional.  Para aprender.  
Mas esse desejo é muitas vezes combatido por variados, sentimentos de inferioridade, a necessidade de se opor, etc.  Existem situações que enfraquecem a motivação e são muitos fotores e minha inquietação vem nas leituras de J.A.C. Brown (psicologia social da indústria) e René Lourau, (A inlusao pedagógica),assim como Carl Rogers, (psychologie existentielle). Que me leva a pensamentos sobre o tema Educação, formação e competências.
As atitudes dos alunos em relação ao professor se constrói de diversas formas inclusive a produção do medo. O medo vem de forma bem desenvolvida em por Paulo Freire na ( pedagogia do medo).
Esses medos estão ligados, na minha opinião, à relação com o professor.  De fato, o professor pode ser desvirtuado de um certo ângulo, como a pessoa sobre a qual os alunos projetam seus sentimentos, com quem se identificam de maneira frequentemente ambivalente e contraditória.  Isso explica porque, por um lado, admiramos o professor, somos, perante ele, submissos ou gentil com ele, obedientemente, tomamos notas na sua aula, etc., e, por outro lado, o criticamos nos corredores, o ridicularizamos, o rejeitamos e que para o mesmo professor, do mesmo  alunos.  Esses sentimentos se manifestam, é claro, de várias maneiras, mas o principal, em minha opinião, a nível psicológico, é sublinhar esse aspecto contraditório das atitudes do aluno em relação ao professor.  Parece tentador, é claro, tomar emprestada a hipótese da transferência da psicanálise e pensar que o aluno projeta no professor suas atitudes e seus conflitos em relação aos pais.  Mais profundamente, acho que o aluno projeta no professor, não só a imagem de seus pais, mas também a imagem muitas vezes inconsciente que ele tem de si mesmo e de seus próprios conflitos ao mesmo tempo.  
O respeito por si mesmo.  Ele projeta seu ideal de si mesmo, seu desejo de ser adulto, poderoso, respeitado, educado, mas também seu sentimento de ser criança ou adolescente, parcialmente desamparado, ignorante, que não é igual a  adulto.  E é com essa imagem que ele muitas vezes luta quando luta com o professor.  O importante é que os alunos não estão realmente em comunicação com o professor, mas com a imagem que têm dele, e que isso muitas vezes é o reflexo dos próprios conflitos com os pais, com eles. Esta situação conflitante resulta em duas maneiras diferentes para o aluno se recusar a aprender: uma consiste em ser hostil, rebelar-se contra o ensino, isso é sabido de todos, o outro é aprender com demasiada submissão, procurar sobretudo reconciliar o professor, mesmo sem medo de sanção  , o que também equivale a não aprender.

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